NARRATIVAS MATEMÁTICAS
domingo, 7 de fevereiro de 2016
quarta-feira, 5 de março de 2014
sexta-feira, 14 de junho de 2013
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Site sugerido
Edmodo é uma ferramenta que ajuda a conectar todos os alunos com as pessoas e os recursos necessários para atingir seu pleno potencial. Cadastrem-se.
http://www.edmodo.com/
http://www.edmodo.com/
segunda-feira, 3 de junho de 2013
POEMA DE CORA CORALINA
Quero compartilhar este poema de Cora Coralina , pois me faz pensar que os bancos escolares é o ponto de partida de cada um na busca do conhecimento.
Mestra Silvina
Vesti a memória com meu mandrião balão.
Vesti a memória com meu mandrião balão.
Centrei nas mãos meu vintém de cobre.
Oferta
de uma infância pobre, inconsciente, ingênua,
revivida nestas páginas.
revivida nestas páginas.
Minha escola primária, fostes meu ponto de partida,
dei voltas ao mundo.
Criei meus mundos...
Minha escola primária. Minha memória reverencia
minha
velha Mestra.
velha Mestra.
Nas minhas festivas noites de autógrafos, minhas
colunas de
jornais
e livros, está sempre presente minha escola
primária.
Eu era menina do banco das mais atrasadas
Minha escola primária...
Minha escola primária...
Eu era um casulo feio, informe, inexpressivo.
E ela me refez, me desencantou.
Abriu pela paciência e didática da velha mestra,
Cinquenta
anos mais do que eu, o meu entendimento ocluso.
A escola da Mestra Silvina...
Tão pobre ela. Tão pobre a escola...
Sua pobreza encerrava uma luz que ninguém via.
Tantos anos já corridos...
Tantas
voltas deu-me a vida...
No brilho de minhas noites de autógrafos,
luzes, mocidade e flores à minha volta, bruscamente
a
mutação se faz.
Cala
o microfone, a voz da saudação.
Peça a peça se decompõe a cena,
retirados os painéis, o quadro se refaz,
tão
pungente, diferente.
Toda pobreza da minha velha escola
se
impõe e a mestra é iluminada de uma nova dimensão.
Estão presentes nos seus bancos
seus livros desusados, suas lousas que ninguém mais
vê,
meus colegas relembrados...
Queira ou não, vejo-me tão pequena, no banco das
atrasadas.
E volto a ser Aninha,
aquela em que ninguém
acreditava.
Cora Coralina
(1889-1985)
aquela em que ninguém
acreditava.
Cora Coralina
(1889-1985)
Assinar:
Postagens (Atom)